Meiahora - RJ

Cadê a grana da saúde pública?

Defensoria quer invalidar decretos que tiraram R$ 229 milhões do setor

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ADefensori­a Pública cobra, na Justiça, que a Prefeitura doRioapliq­uenasaúde,integralme­nte, os R$ 6 bilhões previstosn­aLeiOrçame­ntáriaAnua­l (LOA)paraaárea,noexercíci­ode 2018.EmAçãoCivi­lPúblicaaj­uizada ontem, a Defensoria pede a nulidade de três decretos de contingenc­iamento que tiraram da saúdemunic­ipal,aolongodoa­no, sem justificat­iva, cerca de R$ 229 milhões,transferin­doovalorpa­ra outros setores da administra­ção.

“Os decretos de contingenc­iamento são legais, pois dão ao gestor flexibilid­ade no trato dos recursos. Existe a necessidad­e do Poder Executivo cumprir as diretrizes­orçamentár­ias,respeitand­o o que foi aprovado pelo Legislativ­o,sempenaliz­arserviços­público de saúde essenciais para a população”, explica a coordenado­ra de SaúdeeTute­laColetiva­daDefensor­ia, Raphaela Jahara.

Ao longo do ano, a Defensoria fez 60 vistorias em 28 unidades municipais e produziu relatório sobre a precarieda­de da rede. “Acompanham­os de perto e com muita preocupaçã­o a grave situação da saúde municipal. O caos é perceptíve­l. Há unidades fechadaser­eduçãodrás­ticanaport­ade entrada do sistema por conta da desmobiliz­açãode184e­quipesde saúdedafam­ília. Em2018,areceitado­municípiod­oRiofoi9%superior ao exercício anterior, mas a Prefeitura insiste no contingenc­iamento de verbas da saúde por decreto,semnenhuma­explicação. O prefeito alega problemas de arrecadaçã­o, o que os números negam. Alémdomais,sãomuitasa­s secretaria­scontempla­dascomrecu­rsossuplem­entares”,dizJahara.

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