Ameaças após desastre
Equipe que faz contenção do óleo foi ameaçada por bando
Não bastasse o desastre ecológico causado pelo vazamento de 60 mil litros de óleo dos dutos da Transpetro no Rio Estrela, em Magé, que afetou aáreademangue,técnicosdaempresa que fazem a contenção teriam sido ameaçados ontem por homens armados de facões.
O vazamento ocorreu no fim de semana passado e teria sido causado por uma quadrilha especializada em roubo de combustíveis dos dutos da Petrobras. Segundo Renta Aquino, gestora ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Magé, a destruição causada no ecossistema do manguezal não pode ser medida. “A área vinha se recuperando de vazamento de óleo da Petrobras em 2000, onde foram plantadas mudas e era feito um trabalho com a fauna. Agora, temos um novo vazamento. Os caranguejos estão morrendoemaisde500pescadores foram afetados por este desastre. A prefeitura não descarta entrar com uma ação conjunta com aassociaçãodemoradoresnoMinistérioPúblicoFederal”,explicou.
O ambientalista Sérgio Ricardo Lima disse que o vazamento eraumatragédiaanunciada.“Fui testemunha do vazamento de 2000, onde até hoje a Petrobras não ressarciu os pescadores artesanais e os catadores de caranguejo. Novamente acontece outro vazamento”, afirmou.
A Transpetro informou que, apósasameaçasaosfuncionários, suspendeu os trabalhos e pediu apoioàPMeMarinhaparagarantir a segurança dos trabalhadores. Quantoaovazamento,aempresa estáfazendoesforçoparaminimizar os impactos para a população e para o meio ambiente.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) disse que acompanha os trabalhos de contenção e recolhimentodopetróleoe avalia os danos ambientais. Só após a conclusão do levantamento, será estipulada multa.