Aécio na mira da Polícia Federal
Agentes cumprem mandados de busca e apreensão na casa do senador
Oapartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em Ipanema, naZonaSul,foialvoontemde ação da Polícia Federal. A Operação Ross também cumpriu mandados de busca e apreensão em outros imóveis de pessoas ligadas ao político, entre eles, a irmã Andrea Neves. Segundo a PF, Aécio liderou associação criminosa para comprar apoio para sua campanha à Presidência, em 2014. As decisões judiciais se basearam em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F.
Aécio Neves teria recebido R$ 109,3 milhões para a campanha. O valor teria sido solicitado pelo senador em encontro com o grupo J&F em 2014.
Parte do valor teria sido repassado ao senador em espé- cie e outra por meio de depósitos bancários e pagamento de serviços simulados. São investigados os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antônio Anastasia (PSDB-MG), e os deputados federais Cristiane Brasil (PTB-RJ), Benito Gama (PTB-BA) e Paulinho da Força (SD-PR).
A PF aponta que outra parte da propina teria sido entregue por meio de doações oficiais que totalizaram R$ 64,6 mi- lhões a diretórios e candidatos do PSDB. Ao PTB, teriam sido destinados R$ 20 milhões, mediante intermediação de Cristiane Brasil, Benedito Gama e Luiz Rondon, tesoureiro do partido. Ao Solidariedade, as doações teriam sido de R$ 15 milhões, por intermédio de Paulinho da Força e Marcelo Lima Cavalcanti.
Além do apartamento de Aécio Neves em Ipanema, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no imóvel da irmã do senador, Andrea Neves, que chegou a ser presa em 2017. A ação alcançou ainda os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA), e os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).