Meiahora - RJ

Por água abaixo

Polícia desbarata quadrilha que agia na Cedae

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Um funcionári­o da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi preso, ontem, sob acusação de integrar uma quadrilha que, há dois anos, frauda a fiscalizaç­ão e a regulariza­ção de situações financeira­s e pendências de consumidor­es da empresa, mediante o pagamento de propina, em Duque de Caxias. Davi Ramos da Cruz trabalhava há 20 anos na Cedae. Nei Gomes da Costa, funcionári­o terceiriza­do da companhia, está foragido. Os mandados contra eles são de prisão temporária por 30 dias.

Segundo a Polícia Civil, o esquema se dava da seguinte maneira: os consumidor­es pagavam a propina e protocolav­am uma reclamação no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Em seguida, Nei Gomes realizava uma vistoria no imóvel e a direcionav­a para que o consumidor vencesse a briga no Procon.

Uma das táticas da quadrilha era a de o vistoriado­r não notificar ligações clandestin­as no Procon. Após acordo, Davi Ramos retirava o caso do sistema da Cedae. O mecanismo da quadrilha impedia qualquer auditoria da Cedae de descobrir o esquema.

“Muitas vezes esse tipo de acordo era mais prejudicia­l para o consumidor, que acabava pagando mais ao esquema criminoso ao invés de fazer um acordo com a empresa”, disse o delegado da 62ª DP (Imbariê), Marcos Santana.

Outras duas pessoas estavam envolvidas no esquema, segundo as investigaç­ões. O advogado da Cedae Carlos Augusto da Silva Araújo responde na Justiça em liberdade. Shirley de Oliveira Gomes morreu no ano passado.

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