Enverga, mas não quebra
Presidente do Fluzão sofre pressão interna, mas garante que não vai renunciar
Opresidente do Fluminense, Pedro Abad, está na corda bamba. Se soprar um vento mais forte, ele cai. O manda-chuva tricolor vai ser julgado pelo Conselho Deliberativo no próximo dia 20, e pode sofrer impeachment. A renúncia de Abad é uma possibilidade, mas, por enquanto, o presidente nega.
Em nota oficial, o clube afirmou que “o presidente do Fluminense Football Club, Pedro Abad, não irá renunciar ao seu cargo. O planejamento do clube para 2019 segue em andamento e as novidades serão anunciadas em breve, inclusive o treinador”.
A oposição no Flu é forte desde que Abad assumiu a presidência, em 2017. Ele ficou com a responsabilidade de tocar o futebol sem um forte patrocínio, que tinha se encerrado dois anos antes. Mas ele não conseguiu, e em 2018 a crise se agravou. A falta de ‘jogo de cintura’, somada a uma debandada de jogadores ao longo do ano, fez com que o Tricolor sofresse até a última rodada para se livrar do risco de rebaixamento. Para os torcedores, Abad peca pela falta de pulso firme.
Existem dois cenários nesse momento. Caso Abad não renuncie e o impeachment aconteça, o estatuto diz que o clube tem 45 dias para convocar uma nova eleição. Mas se o presidente resolver pedir o boné, quem assume, ou pelo menos deveria assumir, é o vice-presidente. O problema é que quem ocupava essa função era Cacá Cardoso, que saiu em abril e agora é rival de Abad nos bastidores do clube.
Quem aguarda ansioso por uma nova eleição é o principal grupo de oposição. Ele é formado por nomes como Celso Barros, ex-presidente da Unimed, e Mário Bittencourt, o advogado que livrou o Fluminense do rebaixamento em 2013.