Radares móveis fora das rodovias
Equipamentos já estão sendo recolhidos das rodovias federais e não podem mais multar
APolícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o recolhimento dos radares móveis usados nas rodovias federais de todo o país. A decisão segue o despacho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU). A medida afetará 14 rodovias do estado do Rio.
Segundo o texto, a suspensão do uso dos equipamentos tem como objetivo evitar o “desvirtuamento do caráter pedagógico e meramente arrecadatório”. Os radares fixos continuam em operação e podem multar.
Os radares móveis são usados por agentes da PRF e são classificados da seguinte forma: estáticos, que são colocados sobre tripés ou bases fixas; portáteis, em formato de pistolas, usadas manualmente pelos policiais à beira das rodovias; e móveis, instalados em veículo para a fiscalização em movimento—quejánãoerausado no Rio, segundo a PRF.
Nas ruas, o fim dos radares móveis divide opiniões.“esse tipo
de fiscalização é feito de forma sorrateira. Quase nunca colocam sinalização para alertar. Parece intencional que o motorista seja pego acima da velocidade estabelecida”, critica Edvaldo Nerez, de 43 anos, caminhoneiro há 23 anos. Já o motorista de aplicativo Carlos Augusto, de 23 anos, vê na redução da fiscalização uma brecha para a imprudência no trânsito. “Quem já era multado acima do limite vai andar ainda mais rápido. A chance de acidente tende a crescer”, acredita.
Estudodivulgadoemmaiopelo Conselho Federal de Medicina, mostra que os acidentes de trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos últimos dezanoserepresentaramcustode cercader$2,9bilhõesparaosus.