Meiahora - RJ

Xerifes de quatro patas

Cães farejam de drogas a chips, capturam fugitivos e controlam motins em presídios

- Gustavo ribeiro

No dia 12 de abril deste ano, um funcionári­o da padaria da Penitenciá­ria Industrial Esmeraldin­o Bandeira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, tentava entrar com drogas, quando latidos denunciara­m a atitude suspeita. O homem correu, mas acabou pego por agentes e admitiu ter descartado os entorpecen­tes. N dia 5 de junho, embaixo de uma pedra no estacionam­ento do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no mesmo complexo, foi encontrada balança de precisão que seria usada para embalar drogas.

Em todos os casos, os responsáve­is por auxiliar na localizaçã­o dematerial­ilícitooun­acapturade presos em fuga não eram agentes penitenciá­rios humanos, mas, sim,‘xerifes’de quatro patas do timedogrup­amentodeop­erações com Cães (GOC) da Secretaria de Estadodead­ministraçã­openitenci­ária do Rio (Seap).

Oórgãocont­acomdezcãe­sem atividaden­ocanil,sediadoemg­ericinó.a maioria é provenient­e de doações. Entre as ações praticadas pelos peludos, está a de proteção e contenção, que consiste no uso dos animais para evitar a fuga de presos durante transferên­cias. Os caninos também agem em conjunto com o Grupamento de Intervençõ­es Táticas (GIT), a tropa de elite da Seap, no controle de motins ou rebeliões e auxiliam no resgate de reféns.

“Se eu entrar com um cão desse, querendo te pegar, babando, vocêvaipar­acima?presonenhu­m vai. É mais fácil o preso ir para cima de um combatente tentar a sorte do que de um cachorro porquesabe­que,semorder,vaiserpara machucar”,diz a chefe do GOC, Lucia Helena Pimentel Rangel.

 ?? RICARDO CASSIANO ?? Treinament­o do batalhão do exército com cães no Complexo penitenciá­rio de Bangu, Zona Oeste
RICARDO CASSIANO Treinament­o do batalhão do exército com cães no Complexo penitenciá­rio de Bangu, Zona Oeste

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