Discurso polêmico Políticos e profissionais da saúde reagem com críticas às declarações de Bolsonaro
Entidades médicas e políticos condenaram o pronunciamento do presidente da República Jair Bolsonaro ( sem partido), feito na terça- feira, sobre a Covid19. Ele chamou a doença de “resfriadinho” e pediu o fim do “confinamento em massa”.
O Conselho Nacional de Saúde considerou que o discurso prejudica o esforço feito para que o Sistema Único de Saúde ( SUS) não entre em colapso. Já a Sociedade Brasileira de Infectologia afirmou que as declarações podem dar a falsa impressão de que as medidas de contenção social são inadequadas.
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva considerou “intolerável e irresponsável o discurso da morte”. E a Sociedade Brasileira de Geriatria disse que qualquer medida que abrande o isolamento será“extremante prejudicial”.
Políticos também se manifestaram. Rodrigo Maia ( DEM - RJ), presidente da Câmara, disse que “cabe aos brasileiros seguir as normas da OMS e do Ministério da Saúde”.
Ao menos quinze governadores foram contra o discurso do presidente. João Dória ( PSDB), de São Paulo, foi um dos mais polêmicos. “O senhor como presidente da República tem que dar o exemplo”. Ronaldo Caiado ( DEM), governador de Goiás, também foi incisivo. “Um estadista tem que assumir as falhas. Não tem mais diálogo com este homem”, afirmou, rompendo com o presidente.