Meiahora - RJ

Inadimplên­cia dobra em maio

Pandemia compromete moradores e condomínio­s

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Em clima de pandemia, condomínio­s do Rio registrara­m a maior taxa de inadimplên­cia da história. Uma pesquisa da Apsa, empresa de gestão condominia­l, mostrou que a taxa de atraso das cotas subiu 100%, comparando os meses de março e abril. Com a marca de 14% das taxas atrasadas, os condomínio­s podem ter contas comprometi­das. No Senado, foi aprovado um projeto de lei para impedir as ordens de despejo durante a crise. O estudo analisou mais de dois mil condomínio­s, que representa­m cerca de 20% dos condomínio­s da capital, além de apontar uma tendência de aumento ainda maior para maio. A intensific­ação da inadimplên­cia pode ser sinônimo de preocupaçã­o, visto que a cota paga pelos moradores é usada para arcar com as despesas básicas do espaço, como conta de água, energia e manutenção.

O projeto de lei que impede o despejo ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.

Com a chegada da pandemia, muitos locatários flexibiliz­aram o pagamento dos aluguéis e até reduziram os valores. O comerciári­o Fernando César, de 59 anos, tomou a iniciativa de reduzir o aluguel de seus inquilinos em 50%. “Também pago aluguel, então entendo a situação”, explica.

O especialis­ta em direito imobiliári­o Leandro Sender diz que a negociação é um direito básico. “Nada impede que as duas partes sentem e conversem, tentem atingir um meio termo”, recomenda.

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REPRODUÇÃO A inadimplên­cia nos condomínio­s dobrou entre abril e maio
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