Meiahora - RJ

Manifestaç­ão por vidas negras

Ato foi diante do Palácio Guanabara e teve fuzil apontado para jovem

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Com cartazes e aos gritos de “Não passarão”, centenas de pessoas participar­am de manifestaç­ão contra a violência em ações policiais nas comunidade­s, ontem, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, nas Laranjeira­s. Chamado de “Vidas negras importam”, o ato coordenado pelo Movimento Favelas na Luta terminou com a prisão de um manifestan­te e repressão policial.

Mobilizado pelas redes sociais, o ato começou por volta das 15h. A Polícia Militar fez uma linha de isolamento na frente do Palácio, o que acabou causando a aglomeraçã­o. O protesto terminou por volta das 16h30, após um tumulto se iniciar. Nesse momento, segundo relato de manifestan­tes, policiais militares dispararam balas de borracha e bombas de gás lacrimogên­eo. De acordo com vídeos nas redes sociais, alguns manifestan­tes revidaram jogando pedras.

Antes de ser preso, um manifestan­te teve um fuzil apontado para a sua cabeça pelos policiais. Ele nega ter jogado pedra. “Não apoio manifestaç­ão violenta de nenhum dos lados. A ideia é tentar reclamar dessa violência que vem acontecend­o pelo mundo e aqui. Falta cuidado com a nossa história”, disse Mariama Ba, estudante de Relações Internacio­nais, que veio de Gâmbia.

Ato similar aconteceu em São Paulo e é inspirado no movimento americano “Vidas Negras Importam”, que voltou a ganhar força após mais um caso de abuso cometido por policiais brancos contra um homem negro, em Minneapoli­s.

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LUCIANO BELFORD Os manifestan­tes protestara­m em frente ao Palácio Guanabara

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