Pressão por mudanças
Torcida do Fluminense quer as cabeças do técnico, de parte da diretoria e de atletas
A galera tricolor foi protestar no desembarque do time, mas a delegação despistou geral no aeroporto
Adolorosa eliminação na Copa do Brasil ( derrota por 3 a 1 para o AtléticoGO, em Goiânia) aumenta, e muito, a pressão interna no Fluminense. E a batata que está assando não é só a do técnico Odair Hellmann, mas também a de integrantes da diretoria e de alguns jogadores que já dão mole faz tempo, casos do lateral- esquerdo Egídio e do goleiro Muriel.
O protesto de cerca de 100 torcedores no desembarque da delegação, na madrugada de ontem, não deverá ser o único ato de descontentamento da galera. Os próximos dias, com uma partida pelo
Brasileiro em casa, contra o Coritiba, na segunda- feira, no Nilton Santos, podem ser decisivos.
Os principais alvos da ira da torcida são Odair, o presidente, Mário Bittencourt, e o diretor de futebol, Paulo Angione. Por enquanto, a pressão sobre o treinador é mais externa, uma vez que a diretoria ainda confia no trabalho.
Ainda assim, um tropeço no Coxa pode mudar essa relação, pois isso acarretaria em uma necessidade de resposta imediata por parte dos cartolas tricolores. Setores de dentro do clube já começam a mostrar incômodo e a levantar substitutos, assim como a torcida, termômetro da insatisfação. Não é a primeira vez que Odair sofre com isso. Na outra ocasião, conseguiu sequência de três vitórias, o que aplacou todas as críticas.
A diferença agora é que as atuações não são um trunfo. Pelo contrário, vem sendo um problema desde a perda de jogadores importantes, casos de Gilberto e Evanilson. Nos dois casos, o treinador não achou soluções, mas não pode levar a culpa sozinho, porque os que entraram não deram conta e, principalmente, porque tem um grupo sem tantas opções, responsabilidade da diretoria.