Meiahora - RJ

Falta d’água nas favelas é histórico

Ativistas discutem desabastec­imento nas comunidade­s

- L RAI AQUINO

ORio está passando pela segunda crise hídrica em menos de um ano. Depois da geosmina é a vez da falta d’água por causa de problemas na Elevatória do Lameirão. O momento atual tem chamado a atenção porque afeta áreas que não estão acostumada­s a ficarem desabastec­idas pela Cedae. Mas uma grande parcela da população do estado já convive com essa realidade há anos: as favelas.

“De uma forma geral, sempre está faltando água em algum lugar; ou só falta à noite, ou de fato não tem há algum tempo, ou vai e volta e o morador tem que ficar esperando determinad­o horário”, aponta Anísio Borba, de 37 anos, morador do Complexo da Maré.

Na Zona Oeste, a Cidade de Deus é mais uma com problema histórico de falta d’água.

“Uns amanhecem com água, outros sem. No dia seguinte, os que estavam com ficam sem. Isso é muito ruim, ainda mais com os casos da Covid- 19 crescendo”, destaca André Melo, 45, cria da CDD.

No Centro do Rio, o Morro dos Prazeres aparece como uma possível exceção do problema histórico da falta d’água nas favelas do estado. A região conta com uma elevatória própria, instalada há alguns anos.

“O cara que trabalha, que pega o BRT da vida lotado, como ele chega em casa e não tem água para tomar banho, para lavar aquela roupa que está ali compartilh­ando em um espaço de aglomeraçã­o mesmo sem querer?”, critica Zoraide Gomes, 48, dos Prazeres.

Em Niterói, os moradores do Morro do Preventóri­o comemoram o problema da falta d’água ser algo bem pontual, já que a favela é abastecido pela companhia Águas de Niterói.

“Nesse momento, está tudo normalizad­o, mas o verão está vindo aí, quando a gente fica praticamen­te sem água”, conta Elizabeth Barbosa, 48, cria da comunidade.

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ARQUIVO PESSOAL
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MARÉ 0800 / DIVULGAÇÃO
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