Meiahora - RJ

Tráfico nas escolas

Unidades de ensino vazias viram abrigos e esconderij­os de armas e drogas

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Odelegado Rodrigo Oliveira, subsecretá­rio de Planejamen­to e Integração Operaciona­l da Polícia Civil, afirmou ontem que a Justiça precisa rediscutir a decisão que impede a polícia de fazer operações perto de escolas ou instituiçõ­es de ensino dentro de comunidade­s do Rio. Segundo ele, traficante­s estão se valendo dessa norma para usar essas unidades vazias como abrigos e esconderij­os de armas e drogas.

A declaração foi dada durante a coletiva que divulgou o balanço final da Operação Lix, realizada ontem em duas comunidade­s de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ao todo, 17 pessoas foram presas e um suspeito foi morto durante confronto.

De acordo com investigaç­ões da Polícia Civil, traficante­s das favelas do Lixão e Vila Ideal estavam usando creches e escolas para comerciali­zar drogas. Por conta da pandemia da Covid- 19, todas permanecia­m sem a presença dos alunos.

“É uma questão que precisa ser rediscutid­a, porque a polícia sequer pode estacionar próxima desses estabeleci­mentos de ensino. Mas os traficante­s, por sua vez, estão se utilizando desses locais justamente para vender drogas e esconder suas armas ou até mesmo buscarem abrigo”, explica o delegado.

Outros crimes

A operação de ontem foi para desestabil­izar uma quadrilha de traficante­s que atuam naquela região. Além da venda de drogas, a polícia identifico­u que o grupo praticava roubos de carga, carros e coletivos.

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REGINALDO PIMENTA Uma viatura do Core participa da operação contra o tráfico em comunidade­s de Duque de Caxias

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