Operação Shark Attack prende 10
Quadrilha é acusada de lavar dinheiro pro tráfico
APolícia Civil do Rio realizou ontem a operação Shark Attack ( Ataque de Tubarão), que investiga a participação de empresários do Brasil em uma quadrilha responsável por esquema de lavagem de dinheiro para a maior facção criminosa do Rio. Dez pessoas acabaram presas.
De acordo com investigações, o grupo é suspeito de ter lavado de R$ 222 milhões para traficantes. Entre os alvos estava o ex- prefeito de uma cidade do Paraguai, que conseguiu fugir para o país vizinho e está foragido. Um dos presos ontem é apontado como líder do esquema. O empresário foi preso em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Para a polícia, o esquema consiste em pequenos depósitos feitos por traficantes em agências bancárias. “A gente seguindo o caminho desse dinheiro, identificou uma teia que envolve empresas e mais empresas, que, na verdade, se revelou um sofisticado esquema para lavar dinheiro das organizações criminosas do estado. Muitos desses envolvidos viviam em imóveis de luxo e usavam o dinheiro como se fosse proveniente de atividades empresárias”, explicou o delegado Antenor Lopes Júnior, diretor do Departamento- Geral de Polícia da Capital ( DGPC).
As investigações tiveram início após uma apreensão realizada pela 19 ª DP ( Tijuca). Um traficante conhecido pelo apelido de Tubarão, do Morro do Borel, tentou depositar determinado valor na conta de um empresário. “Como era dinheiro que tinha um cheiro de maconha, cabe à agência bancária entrar em contato com a Polícia Civil para apurar a procedência do dinheiro. A partir desse depósito, foi identificado todo esse esquema”, afirmou o delegado.
DINHEIRO DEPOSITADO EM CONTA TINHA CHEIRO DE MACONHA