Meiahora - RJ

Juíza assassinad­a pelo ex- marido levou 16 facadas

Segundo IML, a maioria das perfuraçõe­s foi no rosto da magistrada

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Ajuíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, do Tribunal de Justiça do Rio, levou 16 facadas do ex- marido, o engenheiro Paulo Arronenzi, de 52, na véspera do Natal, na Barra da Tijuca. A vítima foi assassinad­a na tarde de quinta- feira, na frente das três filhas do casal.

Segundo o laudo do Instituto Médico- Legal ( IML), a maioria das perfuraçõe­s foi no rosto de Viviane e havia também ferimentos no pescoço e na barriga. Ela deixava as crianças para passar o Natal com o pai quando foi atacada pelo ex- marido. Nem mesmo os gritos das filhas fizeram com que Paulo parasse de esfaquear a ex- mulher. O engenheiro foi preso em flagrante pelo crime de feminicídi­o.

Ontem, sob forte emoção e palmas, o corpo de Viviane foi cremado em uma cerimônia restrita aos parentes e amigos no Cemitério da Penitência, no Caju. Cerca de 100 pessoas foram ao local. Instituiçõ­es como Tribunal de Justiça do Rio ( TJRJ), Supremo Tribunal Federal ( STF), Supremo Tribunal de Justiça ( STJ), Associação dos Magistrado­s do Estado do Rio ( Amaerj) e Associação dos Magistrado­s Brasileiro­s ( AMB) enviaram coroas de flores.

A presidente da AMB, Renata Gil, estava entre os presentes na cerimônia de cremação. Para Renata, o crime choca pelos requintes de crueldade. Ela classifico­u a colega como profission­al exemplar. “A notícia foi devastador­a. Para nós, foi muito difícil e como mulher, é uma juíza que tem a minha idade. Uma pessoa discreta, dedicada ao trabalho e que foi surpreendi­da por mais um ato de violência contra mulher”, afirmou Renata.

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ESTEFAN RADOVICZ Corpo de Viviane foi cremado numa cerimônia restrita aos parentes e amigos, ontem, no Caju

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