Meiahora - RJ

Cidade maravilhos­a?

Cariocas reclamam de buracos, lixo, carros nas calçadas e outros problemas

-

Um buraco aqui, outro ali. Um carro estacionad­o irregularm­ente ou até um pedaço de madeira ou ferro jogado na calçada se torna uma grande armadilha para a população carioca. A morte do autônomo Gilson de Souza Lopes, de 57 anos, na terça- feira, atropelado por um ônibus após tropeçar em um desnível da calçada e cair na rua, expôs uma série de problemas enfrentado­s pela população que são debatidos há anos.

As dificuldad­es que a atual gestão municipal vai enfrentar são listadas pelos cariocas. Depois da segurança, a falta de conservaçã­o e fiscalizaç­ão nas calçadas são as principais. “Quem caminha pelas ruas do Rio sabe os problemas que enfrenta. São buracos nas calçadas, lixo e carros estacionad­os. Tudo isso se torna um risco para o pedestre. Pessoas mais velhas sofrem ainda mais”, alerta Cristiane Luiza, de 35 anos, que mora em Bangu e trabalha em Irajá.

Há pouco mais de um mês, por pouco, o aposentado Estevão Aurélio Pereira, de 82 anos, não passou a fazer parte do número de pedestres atropelado­s no Rio por não conseguir andar pela calçada. Ele conta que caminhava pela Avenida Brás de Pina, mesmo local onde Gilson foi atropelado, quando precisou ir para o meio da rua por conta dos carros que estavam parados na calçada. “É uma vergonha o pedestre ter que sair da calçada e ter que caminhar pela rua. Isso é um absurdo. Todo dia é a mesma coisa e ninguém faz nada para trazer melhoria. Eu quase sofri uma fratura no braço por conta de ter que ir para o meio da rua e desviar dos carros parados na calçada”, diz o aposentado.

 ?? ESTEFAN RADOVICZ ?? Porta da Clínica da Família da Penha, onde Gilson de Souza Lopes morreu atropelado após tropeçar em um desnível da calçada e cair na rua
ESTEFAN RADOVICZ Porta da Clínica da Família da Penha, onde Gilson de Souza Lopes morreu atropelado após tropeçar em um desnível da calçada e cair na rua

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil