NO MUNDO DA LUA
Lua Oliveira, de 13 anos, montou biblioteca comunitária na Ladeira dos Tabajaras
Ela tem apenas 13 anos, mas já alcançou feitos de gente grande. Além de conseguir montar uma biblioteca comunitária na Ladeiras dos Tabajaras, em Copacabana, Zona Sul do Rio, Lua Oliveira está radiante por ter arrecadado mais de R$ 120 mil para levar os cerca de 10 mil livros que tem para um lugar próprio.
“Desdeoutubrode2019,agente
ocupa um espaço na associação de moradores.a ideia inicial com a vaquinha era reformá-lo, mas, depois, vimos que o melhor seria comprarumespaçopróprio”,avalia a pequena ativista, que está na 7ª série do Ensino Fundamental.
A ideia de montar uma biblioteca comunitária veio depois que Lua esteve na Bienal do Livro de 2019 e viu que muitos estudantes não conseguiram sequer adquirir um exemplar naquele mar de obras. A jovem ficou triste e chateada ao ver aquela situação e correu para pedir doações para montar o espaço. “Fiz um vídeo pedindo livros e materiais didáticos. Cheguei a ligar para a vice-presidente da associação de moradores se passando pela minha mãe para montar a biblioteca lá. Ela logo percebeu que não era minha mãe, mas, mesmo assim, topou”, lembra.
A cria dos Tabajaras conseguiu doações de várias pessoas. Foram mais de dois mil livros doados em menos de uma semana. O espaço foi batizado de Mundo da Lua.
“Depois de ter aberto a biblioteca, começamos a fazer projetos para opessoaldacomunidade,comatividades lúdicas e até aulas de inglês. Mas tivemos que fechar o espaço por um tempo por causa da pandemia”, conta.
Doação para outros projetos
No pouco mais de um ano de funcionamento da biblioteca, Lua calcula que mais de 50 mil livros já passaram pelo espaço, já que nem todos ficam por lá.“doamos a grande maioria deles. Com isso, ajudamos a montar 13 salas de leitura. Se a pessoa tem espaço, a gente doa os livros”, avisa.
Apesar da pouca idade, a estudante já mostra que tem consciência da responsabilidade que tomou para si. Ela diz se sentir muito orgulhosa por tudo o que jáconquistouesemprecitaaajuda da mãe.“espero que a biblioteca fique por muitos anos”, torce.“já para o meu futuro, quero ser veterinária para poder dar uma casa para a minha mãe”, acrescenta.