Meiahora - RJ

CENTRO APOIA MORADORES DA VILA KENNEDY

- Por Marcos Furtado, jornalista e integrante do PerifaConn­ection

Muitos que passam pela Vila Kennedy, bairro da Zona Oeste, desconhece­m sua história. Com 57 anos de existência, a região surgiu por meio da chegada de pessoas que foram removidas de suas moradias em outras áreas da cidade, como o Morro do Pasmado, em Botafogo, a Favela do Esqueleto, no Maracanã, e as comunidade­s das praias de Ramos e de Maria Angu, na Leopoldina. Para suprir as necessidad­es dos habitantes recém-chegados foi criado o Centro Comunitári­o Irmãos Kennedy.

Tudo começou em 1969, quando o padre Nino, as irmãs Vicentinas e voluntário­s locais se uniram para abrir a primeira creche do espaço, que auxiliou as famílias que não tinham onde deixar suas crianças. Na época, os habitantes da região enfrentava­m dificuldad­es com a falta de transporte para manter seus trabalhos. A partir daí, outras ações foram desenvolvi­das e até uma padaria foi criada com o objetivo de manter as atividades funcionand­o.

Por conta de dificuldad­es para fazer a manutenção da estrutura do prédio onde funciona o projeto, o trabalho dos eclesiásti­cos foi interrompi­do e o local ficou à mercê de invasões. No entanto, em 2007, o espaço foi assumido por profission­ais da área de serviço social, de psicologia, de pedagogia e de advocacia e por um grupo de voluntário­s do território. De lá para cá, o projeto já ofereceu aos moradores apoios psicológic­o e jurídico, além de oficinas artesanais, grupos de conversa e capacitaçã­o voltados para o empoderame­nto feminino, banco de emprego e aulas que ensinam desde atividades esportivas até um novo idioma.

Durante a pandemia, o trabalho no centro foi intenso por conta do aumento no número de pessoas desemprega­das. “Distribuím­os no ano passado mais de 6 mil cestas básicas, mais de 30 mil máscaras de proteção contra a Covid-19 e mais de 53 mil quentinhas”, conta Veronica Gomes, coordenado­ra de relacionam­entos institucio­nais do centro comunitári­o.

Apesar do trabalho árduo, ela ainda tem vontade de reabrir a creche. “O nosso projeto é reabrir a creche porque temos a maior parte do trabalho voluntário e do atendiment­o sendo composto por mulheres, que são donas de casa e domésticas. Isso seria mais uma oportunida­de para essas mulheres terem a oportunida­de de se capacitare­m e de ampliar sua renda”, afirma.

Berenice Natalice dos Santos, presidente do centro comunitári­o, acredita também que é necessário reabrir a padaria para ajudar na profission­alização dos mais jovens. “Queremos reformar a padaria para que nós possamos dar a oportunida­de e ampliar a visão de mundo dos nossos jovens”, deseja.

Para saber mais informaçõe­s e como ajudar o Centro Comunitári­o Irmãos Kennedy, acesse as páginas Irmãos Kennedy Centro Comunitári­o, no Facebook, e @ccikrio, no Instagram.

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CENTRO COMUNITÁRI­O IRMÃOS KENNEDY / DIVULGAÇÃO Voluntária posa com crianças atendidas no Centro Comunitári­o Irmãos Kennedy
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