Maior queda-de-braço
Antecipação da segunda dose causa fuzuê entre Estado e Município
Aantecipação de 12 para oito semanas da segunda dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca está causando o maior quebra-pau no Rio de Janeiro. De um lado, a Prefeitura do Rio se recusa a adotar a medida, alegando perda de eficácia. Do outro, o estado rebate a as contestações e quer frear o avanço da variante Delta.
Em meio à queda-de-braço, o governo estadual convocou até uma coletiva no Palácio Guanabara para defender a decisão. O secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, disse que a perda de eficácia é mínima.
“Os estudos mais recentes do fabricante mostram que não há perda de eficácia da vacina quando aplicada com oito ou com 12 semanas. De fato, o que a gente tem hoje de mais recente é uma diminuição de eficácia de 9%. Do ponto de vista estatístico, não é significativa”, declarou Chieppe.
O município de São Gonçalo suspendeu a aplicação da primeira dose da vacina contra covid-19 e, desde ontem, aplica apenas a segunda dose da Astrazeneca. Segundo a prefeitura, a imunização precisou ser interrompida por conta da grande procura da população. A cidade já estava vacinando a faixa etária
Alexandre reforçou que a decisão foi tomada em conjunto com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde e é autorizativa, cabendo às pastas de cada cidade decidirem se adotam ou não. Ao MEIA HORA, o secretário municipal de saúde do Rio,
Daniel Soranz, avisou que não vai aderir a medida para idosos e pessoas com comorbidades.
Além disso, a prefeitura inaugurou ontem mais um ponto de vacinação contra covid-19, o Teatro Municipal Carlos Gomes, no Centro do Rio. de 18 anos ou mais desde sexta.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que aguarda o envio de novas remessas de vacinas para retomar a aplicação da primeira dose. Todos os pontos de atendimento estarão funcionando para a segunda dose, exceto o drive do Centro de Tradições Nordestinas, em Neves.
Teatro Municipal Carlos Gomes é mais um ponto de vacinação no Rio