FAVELA VENCEU
CRIA DO MORRO DA PAZ, PIERRE SANTORO É MESTRE EM DESIGNER DE UNHAS E COMPARTILHA CONHECIMENTOS EM INSTITUTO SOCIAL
Foi em nome do amor que Pierre Santoro, cria do Morro da Paz, comunidade do Complexo da Penha, teve a maior virada de sua vida. Se hoje ele comemora o sucesso como empresário do ramo da beleza,isso se deve muito a parceria que tem com a esposa, Bruna Queiroz. É que Pierre sempre teve o sonho de ter seu próprio negócio e até chegou a se arriscar na área de refrigeração,mas,apesar de conseguir uma certa estabilidade,seu destino ainda não era por ali. Casado há 10 anos, Pierre decidiu vender tudo e investir no sonho da mulher: ter um salão de beleza. Hoje a dupla celebra o sucesso de um dos espaços de design de unhas mais famosos do Rio. Afinal, quando a gente cresce junto é bem melhor, né?
“Sempre imaginei que poderia chegar (ao sucesso profissional), pois sempre tive minha mãe do meu lado me mostrando que eu seria um vencedor”, destaca Pierre,revelando que se reinventar no mercado de trabalho foi uma das melhoras coisas que poderia ter acontecido em sua vida.Tudo graças à relação com Bruna.“Foi tudo em nome do amor e da necessidade de buscar novas oportunidades eexplorarodomqueminhaesposa tem com unhas”, celebra.
Apesar de uma infância simples, mas rica em esperança, o rapaz sempre esteve atento aos conselhos da mãe, Dona Marly, que lhe mostrou que o caminho do trabalho e dos estudos são a trilha correta para uma vida melhor.“Minha mãe sempre me deu uma excelente educação e nunca me deixou estar dentro da realidade da comunidade. Mostrou que era possível eu vencer e ser um sucesso”, declara o rapaz de 30 anos.
Ensinamentos que ele passa adiante. Além do espaço de designer, Pierre inaugurou recentemente o Instituto Social Pierre Santoro, onde já formou mais de 100 profissionais nas áreas da beleza e outras capacitações O local fornece cursos de forma gratuita para jovens e adultos da periferia. As sedes estão em Brás de Pina, Vila da Penha e Unamar.“Temos mais de 14 cursos, pois acredito que todos podemos vencer. Sempre acreditei na capacidade do ser humano independente de estar dentro da comunidade”, diz.