APONTA QUE OS NARCOMILICIANOS PASSARAM A ATUAR LÁ NO ANO PASSADO
a agir em Paquetá no ano passado, explorando a venda ilegal de gás, fornecimento de água potável e serviços de internet.
“Tem uma milícia sendo constituída lá. Eles estão ameaçando as pessoas e querendo obrigá-las a pagar taxas”, disse o delegado Bruno Gilaberte.
As investigações revelam que os bandidos têm agido de forma violenta, coagindo as suas vítimas. O chefe do grupo no bairro seria um homem identificado apenas como Pierre, conhecido por se autointitular “dono” de Paquetá.
Na saída das barcas, principal meio de transporte para se chegar à Paquetá, uma viatura da PM se mistura às bicicletas e carrinhos que fazem passeios turísticos. Por conta da chegada de criminosos, o cenário de beleza natural e de aparente tranquilidade agora se mistura à presença dos agentes.
De acordo com a PM, desde dezembro de 2019 não há registros de homicídios na ilha. Entretanto, a Polícia Civil afirma que recentemente, corpos de vítimas de morte suspeita foram encontrados no bairro.
O aumento da violência preocupa os moradores. “Todo mundo aqui se conhece.
Nos últimos tempos, temos vistos gente nova, que veio morar aqui há pouco tempo. Não sabemos quem são essas pessoas e isso deixa a gente preocupado. Temos medo que isso acabe trazendo o crime e a violência para cá”, comentou um homem, sem se identificar.
Presidente da Associação de
Moradores de Paquetá, Augusto Freitas reconheceu que com o aumento da criminalidade em outros lugares do estado, era natural que bandidos migrassem para a ilha.
“Há 25 anos, quando troquei o Rio por Paquetá, eu dormia com a casa aberta. Hoje não dá mais”, lamentou.