Meiahora - RJ

Pai de PQD questiona ATITUDE DE PM

Soldado foi morto a tiros porque teria feito xixi no carro do agente

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‘Meu filho não sacou, não mostrou e não apontou arma para ele”. O desabafo é de André Luiz, pai do paraquedis­ta do Exército Alesson Guilherme Gomes de Santana, 25 anos, morto a tiros na segunda-feira por um PM durante discussão, na saída de uma boate, em Bangu. Familiares foram ontem ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo.

O pai questionou a ação do policial, que alegou legítima defesa após atirar no PQD. Alesson Guilherme teria sido flagrado fazendo xixi no carro do PM Vinicius de Carvalho Serrão, que estava de folga. Para André Luiz, o filho não apresentav­a perigo ao agente e, como não apontou nenhuma arma, deveria ter sido preso em vez de baleado.

“No meio da discussão, meu filho foi até um amigo e pegou uma réplica (de arma). Ele lá, à distância, viu meu filho colocando a arma na cintura e deu a sequência de tiros. Meu filho não sacou, não mostrou e não apontou arma para ele. Ele poderia ter feito a abordagem. Desde o momento que meu filho botou a arma na cintura, ele poderia ter abordado meu filho e dado voz de prisão”.

A opinião do pai é que faltou preparo ao policial, que deveria ter feito uma abordagem.

“Ele poderia fazer qualquer coisa, menos ter atirado, mas não, ele deu dois tiros na direção do meu filho e dos amigos. Meu filho se esquivou, virou de lado e ele deu o terceiro, o quarto e o quinto tiros, até que um deles acertou meu filho no tórax, pelas costas. Isso para mim é um despreparo porque ele é um policial”, observou.

MILITAR DO EXÉRCITO TERIA BOTADO RÉPLICA DE ARMA NA CINTURA E, EM VEZ DE SER ABORDADO, RECEBEU VÁRIOS DISPAROS

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