Juiz monitorado por três policiais
A Corregedoria Geral da Polícia Civil realizou, ontem, uma operação contra três policiais civis, lotados em delegacias da Baixada Fluminense e do interior do Rio. Os alvos da ação realizaram diversas consultas, sem justificativas, no banco de dados da corporação sobre o juiz Bru
no Monteiro Rulière e seus familiares. O magistrado atuava em ações contra o crime organizado.
Segundo a corporação, o objetivo da operação, nomeada Pretorian, era cumprir doze mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 36 ª Vara Criminal da comarca da capital. Todos os mandados foram cumpridos e materiais, como dispositivos eletrônicos, foram apreendidos para análise. A investigação segue em andamento.
A Civil informou que as investigações tiveram início após a Subsecretaria de Inteligência da corporação verificar uma possível violação das regras de uso do ‘ Portal da Segurança’ por parte dos três policiais. Na época, os agentes estavam lotados na Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado ( Draco/ IE), 128 ª DP ( Rio das Ostras) e Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas ( DRFC). Ao todo, foram feitas três buscas, sendo uma em 2021 e duas no ano passado.
A corregedoria da Civil foi comunicada e, atualmente, investiga a motivação que levou os agentes a acessarem, indevidamente, o banco de dados e buscarem informações sobre o juiz, sua mulher, seus sogros e cunhado. Bruno atuava na 1 ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado. O magistrado já atuou contra o ex- chefe da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski.