Grilagem de terra e desmatamento levam 24 pessoas para a prisão
Uma quadrilha acusada de desmatamento e grilagens de terra na Amazônia foi presa ontem pela PF (Polícia Federal). Foram 24 prisões em Pará, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A operação Rios Voadores revelou que áreas de florestas eram derrubadas e transformadas em pastagens. Grileiros apresentavam documentos falsos e assumiam as terras com o compromisso de fazer compensação ambiental e chegavam, inclusive, a legalizar a área no Cadastro Ambiental Rural. Com a ajuda da Receita Federal, foi feito um levantamento do patrimônio dos grileiros e grande parte tinha origem ilícita ou incompatível com os rendimentos dos titulares das contas
Para burlar a fiscalização do Ibama, feitas por satélites, propriedades devastadas chegaram a ser cobertas por acampamentos.
Somente numa área ao redor da reserva indígena de Menkragnoti, em Altamira, uma área de 10 mil hectares foi desmatada.
O chefe do esquema seria o empresário José Junqueira Vilela Filho, acusado de des- matar 9 mil hectares, entre 2012 e 2014, e multado pelo Ibama em R$ 119 milhões.
Desdobramento
A investigação começou em 2014. Na época, agentes a PF prenderam 40 pessoas e apreenderam 26 motosserras e 3 motocicletas e desmontados 11 acampamentos.
Além das prisões, foram cumpridos nove mandados de conduções coercitivas e 18 de busca e apreensão, em empresas e casas dos investigados.
Os acusados devem responder por desmatamento, ateamento de fogo, grilagem de terras públicas, pecuária ilegal, roubo de madeira e uso de documentação falsa.