Humoristas fazem graça do showbiz em filme de estreia
Com mais de 12 milhões de seguidores no YouTube, Porta dos Fundos chega à tela grande com ‘Contrato Vitalício’
Desde que surgiu, em 2012, o Porta dos Fundos se consolidou como fenômeno cultural. Com mais de 12 milhões de seguidores no YouTube, o coletivo apostou no formato de esquetes e virou símbolo de que é possível se sustentar com humor de qualidade fora da TV tradicional.
De lá para cá, o grupo capitaneado por Fábio Porchat, Gregorio Duvivier, João Vicente Castro, Ian SBF e Antônio Tabet se profissionalizou na forma de uma produtora e construiu um pequeno império indie, que passou a diversificar sua atuação para além da internet. Assim surgiu a peça de improviso “Portátil” e o longa-metragem “Contrato Vitalício”, em cartaz nos cinemas do país.
Os protagonistas são dois amigos, Miguel (Duvivier) e Rodrigo (Porchat). O primeiro ganha o prêmio de melhor filme em Cannes, o que leva o segundo a se comprometer que vai atuar em todos os filmes dele dali para a frente.
O problema é que Miguel some e reaparece apenas dez anos depois, alegando ter sido abduzido – e decide fazer um longa sobre essa história absurda. Agora com carreira consolidada, Rodrigo fica desesperado com a ideia de atuar em um potencial Titanic cinematográfico.
Há trechos do filme que funcionariam perfeitamente, de forma independente, como esquetes. Além disso, tipos recorrentes no YouTube aparecem aqui, como o jor- nalista de fofocas (vivido por Marco Veras) ou a preparadora de elenco carrasca ( Julia Rabello).
No fundo, “Contrato Vitalício” é uma tiração de sarro com a vida de show business para a qual os próprios atores do “Porta dos Fundos” foram empurrados após o sucesso do projeto. “Você vai sendo tomado por esse furacão doido”, afirma Porchat, que assina o roteiro com Gabriel Esteves. Sobram participações especiais e piadas com celebridades (e subcelebridades). Sem contar que nem os patrocinadores do filme ficaram de fora.