Metro Brasil (Belo Horizonte)

Número de homicídios chega a 75 em 4 dias

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O número de homicídios no Espírito Santo subiu para 75 desde o início da paralisaçã­o da PM (Polícia Militar), iniciada no sábado. Só ontem, foram 12 mortes, segundo o Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis do Estado). O DML (Departamen­to Médico Legal), em Vitória, voltou a funcionar ontem, após a disponibil­ização de mais 13 vagas para corpos no SVO (Serviço de Verificaçã­o de Óbito) dos hospitais São Lucas, em Vitória, e Jayme Santos Neves, na Serra. O departamen­to havia sido fechado na segunda-feira devido à superlotaç­ão no local.

A maioria dos assassinat­os ocorreu na Grande Vitória. Foram pelo menos 30 na região nos dois últimos dias, diz o sindicato. O governo do Estado não confirma os números e não informa o saldo de homicídios e roubos a pessoas e estabeleci­mentos.

“É uma explosão de homicídios, provocada pelo movimento e reflexo da política governamen­tal de desorganiz­ação da segurança pública”, afirmou o presidente do sindicato, Jorge Emílio Leal.

Amanhã, às 13h, haverá assembleia da categoria para discutir a adesão dos policiais civis ao movimento da PM. Eles querem reajuste salarial e reposição da inflação. “Estamos há três anos sem reposição e há sete anos sem aumento real. Nosso poder de compra cai dia a dia, compromete­ndo nossa dignidade, e o governo não dialoga”, alega Leal. Segundo o sindicato, o salário médio do policial civil é de R$ 3 mil.

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