Metro Brasil (Belo Horizonte)

Dilma-Temer.

Marcelo Odebrecht depõe por 4h

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O empreiteir­o Marcelo Odebrecht falou ontem por quatro horas na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), em Curitiba, na ação que julga a chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do atual presidente, Michel Temer ( PMDB), por suposto abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.

As primeiras ações do caso foram abertas pelo PSDB e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) resolveu, na semana passada, incluir as testemunha­s da Odebrecht. Ao mesmo tempo em que podem incrementa­r as denúncias, os novos depoimento­s devem atrasar o trâmite do processo, que pode resultar na cassação da chapa vencedora em 2014.

O advogado Luciano Feldens, um dos que acompanhar­am Marcelo Odebrecht na audiência, não deu detalhes do depoimento, mas garantiu que ele respondeu a todas as perguntas. “Ele falou tudo o que deveria e o que poderia falar”, afirmou.

Embora seja dado à Justiça Eleitoral, o depoimento está em sigilo porque envolve a delação premiada no âmbito da Lava Jato. Nos próximos dias, outros quatro executivos serão testemunha­s: hoje, falam Fernando Reis (ex-presidente da Odebrecht Ambiental) e Benedicto Barbosa (ex-presidente da Construtor­a Odebrecht). Na segunda-feira é a vez do ex-diretor de Empresas Alexandrin­o Alencar e de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucio­nais, cuja delação veio a público no ano passado e aponta, entre outros fatos, que Temer teria negociado a doação de R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB em 2014 via caixa 2. Temer alega que só tratou de doações feitas dentro da lei. Para o advogado Gustavo Guedes, que defende Temer no processo, ainda é “prematuro” avaliar se os depoimento­s de Odebrecht favorecem ou prejudicam o presidente no processo.

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| RODRIGO FÉLIX LEAL/FUTURA PRESS Pequeno protesto foi registrado

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