Metro Brasil (Belo Horizonte)

Regra de transição será mais rápida

Trabalhado­ras atingirão idade mínima permanente, de 62 anos, em 2036, dois anos antes dos homens

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O relator da reforma da Previdênci­a na Casa, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), decidiu aumentar o ritmo de alta da idade mínima da aposentado­ria das mulheres. Pelo relatório final, apresentad­o ontem na comissão especial, a progressão no regime de transição para mulheres contará com elevação de um ano na idade mínima de aposentado­ria a cada dois anos, ante aumento de 11 meses previstos inicialmen­te.

Com a mudança, as mulheres atingirão a idade mínima permanente de 62 anos em 18 anos, em 2036, enquanto os homens alcançarão o teto de 65 anos em 20 anos, em 2038. “Passamos para um ano para ficar uma conta redonda”, afirmou o relator ao chegar ao plenário da comissão es- pecial que analisa a proposta. Pela regra de transição, a idade mínima de aposentado­ria será de 53 anos para mulheres e de 55 anos para homens. Essa idade vai aumentar um ano a cada dois anos, a partir de 2020.

Na transição, haverá um pedágio de 30% sobre o tempo de contribuiç­ão restante para a aposentado­ria. Atualmente, o tempo mínimo de contribuiç­ão é de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. O texto também baixou para 40 anos o tempo de contribuiç­ão para poder receber a aposentado­ria integral. Antes, era sugerido 49 anos.

Por outro lado, quem completar os 25 anos de tempo de contribuiç­ão exigidos pelo texto do relator terá 70% do valor do benefício. Pela proposta do governo, o va- lor de largada seria de 76% do benefício (51% mais 25 pontos percentuai­s, ou um ponto percentual por ano de contribuiç­ão).

Ontem, o relator também afrouxou ainda mais alguns pontos da proposta que havia anunciado na véspera. Para os trabalhado­res rurais da economia familiar, o tempo mínimo de contribuiç­ão para homens e mulheres caiu a 15 anos, contra 20 anos antes. Já para os policiais, caiu para 55 anos, contra 60 anos anteriorme­nte.

Votação adiada

Cedendo à pressão da oposição, o governo concordou, pela manhã, em adiar a votação da reforma da Previdênci­a na comissão especial da Câmara para 2 de maio.

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