Lava Jato. Cabral vira réu pela 12a vez por receber R$ 16,7 mi
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi denunciado mais uma vez pelo MPF (Ministério Público Federal), ontem. Agora, ele é acusado de corrupção passiva por receber R$ 16,7 milhões em propina, dinheiro desviado de contratos com o Estado, a maioria de alimentação, como quentinhas para escolas e presídios.
Como o juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal Criminal do Rio, aceitou a denúncia ontem mesmo, Cabral se tornou réu pela 12a vez. Ele responde a outros dez processos no Rio e já foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, na ação que estava em Curitiba – ele pode recorrer em segunda instância.
Também denunciados, o empresário Marco de Luca, Carlos Miranda e Carlos Bezerra, apontados como operadores financeiros de Cabral, viraram réus. O primeiro, ligado a duas empresas que eram as maiores fornecedoras do Estado, vai responder por corrupção ativa e organização criminosa, e os operadores, por corrupção passiva.
Segundo o MPF, 82 pagamentos mensais de Marco aos operadores, de R$ 200 mil, foram contabilizados de 2007 a 2016. Para os procuradores, “a continuidade dos pagamentos até a prisão de Cabral, mesmo após ter deixado o cargo, demonstra a influência política que ele ainda exercia sobre a administração.”