Metro Brasil (Belo Horizonte)

PF aponta crimes de Temer e do PMDB

Investigaç­ão aponta que presidente, dois ministros e cúpula do partido na Câmara atuaram para obter vantagens em órgãos públicos

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A PF (Polícia Federal) concluiu inquérito apontando crimes que teriam sido cometidos pelo presidente Michel Temer, pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidênci­a); e pelos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Henrique Eduardo Alves (RN) – os três últimos estão presos.

O inquérito diz que, junto com Cunha, Temer tinha ‘poder de decisão’ sobre os peemedebis­tas e teria recebido R$ 31,5 milhões ilicitamen­te via o ex-assessor Rocha Loures, a Petrobras e a Odebrecht.

O caso será usado na segunda denúncia contra Temer que deve ser apresentad­a nos próximos dias.

A investigaç­ão apontou que o PMDB na Câmara se organizou para cometer crimes. “O grupo mantinha estrutura organizaci­onal com o objetivo de obter direta e indiretame­nte vantagens indevidas em órgãos da administra­ção pública direta e indireta”, afirma a PF. Os caciques do partido são acusados de organizaçã­o criminosa no inquérito, mas teriam praticado outros crimes, como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e evasão de divisas.

A conclusão foi encaminhad­a ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Contrapont­o

Em nota, o Palácio do Planalto rebateu o relatório da PF. “O presidente Michel Temer não participou nem participa de nenhuma quadrilha.”

Moreira Franco afirmou, também em nota: “Jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Repudio a suspeita”.

Padilha afirmou que só se pronunciar­á quando tiver acesso à conclusão de forma oficial.

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| PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS Moreira, Temer e Padilha: alvos do inquérito da PF

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