‘Inflação real não entra na conta’
“A gente não usa a inflação como indexador, o que entra no cálculo da inflação não entra no nosso custo”, diz Amábile Pacios, diretora da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares). “E não é aumento, é reajuste”, diz ela.
Segundo ela, as instituições particulares de ensino são autorizadas, por lei, a reajustar o valor das mensalidades uma vez por ano e apenas por dois motivos: reposição dos aumentos das despesas ao longo do período que passou (tarifas, salários etc.) e quando se oferece alguma melho- ra metodológica e pedagógica ao aluno (inclusão de mais um idioma no currículo, por exemplo).
Em nota, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) informa que o fato de a inflação médica ser maior que a inflação geral é um fenômeno mundial. Segundo o texto (...) “Há, inclusive, locais onde o ‘descolamento’ entre a inflação geral do país e a inflação médica é bastante superior ao registrado no Brasil. (...) os reajustes dos planos de pessoas físicas, definidos pela ANS, seguem índices intermediários entre a inflação geral e os reajustes praticados nos planos coletivos empresariais, gerando uma defasagem financeira, ano a ano, que provoca perdas irreparáveis para as operadoras de planos de saúde”.
“A gente sabe que está em crise, sabe que está apertado, mas não podemos comprometer a saúde das escolas” AMÁBILE PACIOS, DIRETORA DA FENEP