Fachin rejeita quebra de sigilo de Temer
Ministro do STF autorizou a PF a aplicar a medida contra Moreira Franco e Padilha
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou acesso da PF (Polícia Federal) às conversas por telefone mantidas em 2014 pelo presidente Michel Temer. Foi autorizada, contudo, a quebra dos sigilos bancários dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia).
Temer, Padilha e Moreira são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro no inquérito que apura repasse de R$ 10 milhões em propina da Odebrecht para o MDB.
O caso está sob sigilo, mas a decisão segue o entendimento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A denúncia
A investigação tem por base depoimentos do acordo de delação de executivos da Odebrecht e aponta que o dinhei- ro foi acertado num jantar no Palácio do Jaburu. O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer, admitiu que recebeu um envelope com recursos de um intermediário da empreitei- ra no escritório em São Paulo. Outra parte teria sido paga no Rio Grande do Sul.
O dinheiro, segundo a acusação, foi usada para a campanha de Temer, então candi- dato à reeleição na chapa de Dilma Rousseff, e do candidato a governador de São Paulo do MDB Paulo Skaf. A captação dos recursos teria sido feita por Padilha.