Copa ainda não seduz russos
Contrastando com o clima animado no treino da Seleção em Sochi (leia mais na página 15), a poucas horas da primeira partida, em Moscou, o clima na capital russa beira a quase indiferença.
O GUM, luxuoso centro comercial, foi uma das raras lojas que entrou no clima do Mundial, com uma decoração com grandes bolas de futebol estilizadas, enfeitando o shopping. Pe- las ruas ao redor, de vez em quando um grupo de torcedores estrangeiros grita e agita bandeiras de seu país.
Mas, nos outros pontos da cidade, nem festa nem sinal de que o maior campeonato de futebol do planeta está prestes a começar no país. Para piorar, os últimos dias foram chuvosos. Nem o principal cartão-postal moscovita, a Catedral de São Basílio, está disponível para fotos. Até a cerimônia de abertura e o primeiro jogo da Copa, entre a Rússia e a Arábia Saudita, amanhã, um dos principais cartões-postais estará fechado por tapumes, provavelmente para se transformar em uma das surpresas da inauguração.
Temendo atentados terroristas, o governo russo reforçou, para valer, os esquemas de segurança. Em Moscou, a reportagem do Metro Jornal foi parada duas vezes em pou- cos minutos para checagem de documentos. A situação se repetiu a caminho de Sochi, com comandos que verificavam a documentação de ocupantes de carros, caminhões ônibus. Vai ter Copa na Rússia, claro, mas a animação, por enquanto, está concentrada em pequenos espaços, como o alegre Centro de Treinamento da Seleção, em Sochi.