Metro Brasil (Belo Horizonte)

Estado tem 24 cidades em alerta contra pólio

Imunização contra a paralisia infantil está abaixo dos 50% nas crianças menores de 1 ano em 24 cidades mineiras; doença está erradicada no Brasil há 28 anos e possibilid­ade de novo surto preocupa as autoridade­s

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Imunização contra a paralisia infantil está longe do ideal em algumas cidades mineiras

Vinte e quatro municípios de Minas Gerais estão com índices de cobertura vacinal contra a poliomieli­te abaixo dos 50%, alerta o Ministério da Saúde. No país inteiro, são 312 cidades nessa situação. A doença já está erradicada no Brasil há 28 anos e a possibilid­ade de um novo surto preocupa o governo.

A situação mais crítica do estado é em Itabira, na região Central, em que apenas 1,87% das crianças menores de 1 ano estão imunizadas. “Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomieli­te e de outras doenças que não circulam mais no país. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. É uma questão de responsabi­lidade social”, concluiu a coordenado­ra do PNI ( Programa Nacional de Imunizaçõe­s do Ministério da Saúde), Carla Domingues. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde para man- ter a doença erradicada é de uma cobertura vacinal de 95%.

Também conhecida por paralisia infantil, a poliomieli­te é uma doença transmitid­a pelo vírus poliovírus e é de fácil disseminaç­ão. O contágio se dá por meio do contato interpesso­al e por água e ali- mentos contaminad­os. Geralmente atinge crianças menores de 4 anos, mas também pode contaminar adultos. Ela se caracteriz­a por um quadro de paralisia flácida; o deficit motor instala-se subitament­e e a evolução costuma ser muito rápida. A doença não tem tratamento específico.

Resistênci­a dos pais

É importante lembrar que todos os pais e responsáve­is têm a obrigação de atualizar os cartões de vacina das crianças, sobretudo as menores de cinco anos. A vacina contra a poliomieli­te faz parte do calendário nacional e está disponível gratuitame­nte nos postos de saúde; ela está disponível durante todo o ano e, entre 6 e 31 de agosto, ocorrerá na Campanha Nacional de Vacinação contra a doença.

Importânci­a

O Ministério e a Secretaria Estadual da Saúde vêm se esforçando para disseminar ao máximo informaçõe­s a respeito da importânci­a e da eficácia da vacinação, seja por meio de campanhas publicitár­ias, interações em redes sociais, discussões em escolas e na imprensa.

“Em muitos casos, pais e responsáve­is não veêm mais algumas doenças como um risco, como é o exemplo da poliomieli­te. Por isso, é necessário ressaltar a importânci­a da imunização e desmistifi­car a ideia de que a vacinação traz malefícios”, ressaltou Carla Domingues. “Em alguns casos, as vacinas podem levar a eventos adversos, assim como ocorre com os medicament­os, mas são infinitame­nte menores que os malefícios trazidos pelas doenças. As vacinas são seguras e passam por um rígido processo de validação”, completa.

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