ALMG aprova PEC do piso dos professores
Projeto, que prevê pagamento do salário-base nacional aos mineiros, recebeu aval em segundo turno
Os deputados estaduais aprovaram ontem, por unanimidade, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) determinando que o salário dos servidores da educação tenha reajustes anuais atrelados ao piso nacional. A votação foi acompanhada de perto por quase 2 mil servidores estaduais que lotaram as galerias da Assembleia Legislativa na manhã de ontem e comemoraram a aprovação do projeto.
Os reajustes abrangem os trabalhadores com jornada de 24 horas semanais. A norma valerá para as carreiras de professor de educação básica, especialista em educação básica, analista de educação básica, assistente técnico de educação básica, técnico da educação; analista educacional, assistente de educação e auxiliar de serviços de educação básica.
Segundo o diretor do Sind-Ute, Paulo Henrique Fonseca, a aprovação da PEC é uma vitória para a categoria, que reivindica o direito desde 2015. No entanto, a cobrança para que o governo não atrase as parcelas do salário continua. “A partir da aprovação desse projeto, nós adequamos a nossa tática. Estávamos paralisando a partir do 5º dia útil, quando o salário era pa- go em atraso. Tendo em vista isso tudo, nós só iremos paralisar quando o governo não cumprir o calendário de pagamentos”, comenta Fonseca.
Em 2015, o governo de Minas assinou um acordo que tratava do pagamento do piso, mas o acordo nunca foi cumprido e virou pauta das reivindicações dos servidores desde então.
O pagamento do piso foi uma das reivindicações da greve dos professores neste ano.