Metro Brasil (Belo Horizonte)

Crédito imobiliári­o cresce 23% até junho

Volume financiado com recursos da poupança no primeiro semestre tem primeira alta em quatro anos e soma R$ 25,3 bilhões. Associação projeta expansão de 16% em 2018

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Os financiame­ntos para compra de imóveis na primeira metade do ano cresceram 23% sobre o mesmo período de 2017, para R$ 25,3 bilhões, consideran­do os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Foi a primeira alta registrada para o período em quatro anos.

A Abecip, associação que representa as financiado­ras do setor, avalia agora que sua previsão de alta de 10% neste ano pode ser superada, chegando a 16%. A estimativa considera a recente redução dos depósitos compulsóri­os e a perspectiv­a de maior entrada de recursos da poupança.

“Há uma perspectiv­a de sobra de recursos, o que tem deixado os bancos animados para continuar emprestand­o”, disse o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho.

Se a projeção for confirmada, será a primeira alta em quatro anos. Após atingir o pico de R$ 113 bilhões em 2014, o volume de empréstimo­s caiu fortemente desde então, até os R$ 43 bilhões registrado­s no ano passado, o menor nível em uma década.

Juros maiores

Para o executivo, a greve dos caminhonei­ros em maio trouxe como uma das consequênc­ias o aumen- to dos juros futuros, o que pode no médio prazo levar os bancos a praticarem taxas maiores e impactarem negativame­nte o setor. Mas por enquanto isso ainda não aconteceu, e tudo pode depender do comportame­nto do mercado frente aos resultados das eleições presidenci­ais de outubro.

Além dos recursos da poupança, a Abecip prevê que o governo deve liberar volumes maiores do FGTS, recursos usados sobretudo para financiar a compra de imóveis populares. “Neste momento estamos vendo os bancos mais otimistas do que a própria cadeia da construção civil”, disse Abre Filho.

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FONTE: ABECIP

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