51º Festival de Brasília renova sua vocação política na telona
Foram anunciados na segunda-feira os 21 filmes, nove longas e 12 curta-metragens que participarão das mostras competitivas da 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Os selecionados reforçam a vocação do evento de abordar temas políticos e atuais na telona.
Havia uma perspectiva de criar-se uma terceira mostra competitiva, privilegiando os filmes experimentais, mas ela não se confirmou e deve figurar entre as paralelas – sem premiação –, que serão anunciadas em 8 de agosto, com a programação completa.
Entre os destaques da programação deste ano está o documentário “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman (SP), que acompanha o cotidiano da rapper travesti Linn da Quebrada e que foi exibido durante o Festival de Berlim neste ano.
Também foi seleciona-
da a coprodução entre Brasil, Colômbia e França “Los Silencios”, com direção de Beatriz Seigner, ficção sobre o preconceito enfrentado por uma jovem indígena na Amazônia. O filme foi exibido em mostras paralelas durante o Festival de Cannes – as duas produções fazem suas estreias no Brasil aqui.
Entre os nove longas selecionados há ainda “New Life S.A.”, de André Carvalheira, do DF. “É uma honra fazer parte do mais importante festival do cinema brasileiro”, disse o diretor em uma carta de agradecimento à indicação.
Chama a atenção entre os indicados a presença de “Ilha”, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA), os mesmos diretores de “Café Com Canela”, filme que levou vários troféus do festival no ano pas- sado. André Novais Oliveira, diretor mineiro de “Ela Volta na Quinta”, destaque da 47º edição, que apresentará neste ano “Temporada”.
Completam a lista: “Bloqueio”, de Quentin Delaroche e Victória Álvares (PE); “Luna”, de Cris Azzi (MG); “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida (SP); e “Torre das Donzelas”, de Susanna Lira (RJ).