Metro Brasil (Belo Horizonte)

Análise política A LONGA SEMANA

- CARLOS LINDENBERG LINDBERG.BH@GMAIL.COM

O último fim de semana promete ser o mais longo do ano, se depender do calendário eleitoral dos mineiros. De fato, a reunião que o PT, PSB e MDB fizeram ao longo dos últimos sábado e domingo não terminou. Começa que a coligação armada na madrugada de segunda-feira numa conhecida Casa Amarela, da Savassi, unindo o PSB e o MDB, não deu liga, não colou, pelo menos na ótica dos socialista­s, e ameaça agora a ter como candidato, sem o PSB, o deputado estadual Adalclever Lopes, do MDB, como cabeça de chapa, ele que é extraofici­almente o vice do ‘candidato’ Marcio Lacerda. E por que tudo isso?

Por que o Congresso Nacional do PSB concluiu por anular a convenção que o ex-prefeito realizou em Belo Horizonte, e desautoriz­ou a sua candidatur­a ao governo do estado, cumprindo assim o acordo nacional que assinou com o PT – como aconteceu em Pernambuco em que a petista Marília Arraes retirou sua candidatur­a ao governo para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Em Belo Horizonte, Marcio reagiu à intervençã­o do partido e pediu o registro de sua candidatur­a ao TRE e ao TSE, na expectativ­a de que possa cumprir o acordo feito com o

MDB, formando a coligação com mais sete partidos. Lacerda ontem, por sinal, indicou Adalclever como coordenado­r da campanha. Não se sabe porque receia perder no TSE ou porque o partido do deputado tem mais poder de fogo.

Se pelo lado do PSB as coisas estão complicada­s, no PT as coisas não estão ainda inteiramen­te acertadas. Falta um nome para compor a chapa que tem o governador Fernando Pimentel à reeleição, a deputada Jô Morais com o vice e a ex-presidente Dilma Rousseff como, até agora, única candidata ao Senado. Na ata entregue ao TRE, consta o nome de Cidinha de Jesus, que preside o partido em Minas, para a segunda vaga, mas o PT ainda busca um nome nome eleitoralm­ente forte, que pode surgir entre seus deputados – dois, aliás, campeões de votos em suas regiões, um estadual e outro federal.

Por isso é que se pode dizer que o último fim de semana não terminou para os partidos políticos envolvidos na disputa pelo espólio do MDB – ou do PSB, tanto faz. Os outros partidos não estão nessa partilha, sobretudo depois que o PSDB trouxe a capital alguns de seus caciques para persuadir o então candidato, Rodrigo Pacheco (DEM) a deixar a quimera e cair na real, compondo a chapa para o Senado do tucano Antonio Anastasia, que voa até agora sem sobressalt­os.

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