Metro Brasil (Belo Horizonte)

Judiciário deve ter reajuste de 16,38%

Por 7 a 4, ministros do STF incluem no orçamento aumento que, se aprovado pelo Congresso, provocará ‘efeito cascata’

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A partir de 1º de janeiro de 2019, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) devem ter um reajuste de 16,38% nos salários. Por 7 votos a 4, a Corte aprovou ontem a inclusão do aumento salarial no orçamento do próximo ano, que ainda precisa ser votado pelo Senado – o índice já foi aprovado pela Câmara – e ser sancionado pelo presidente Michel Temer.

Ao engordar os contracheq­ues, os ministros provocam um efeito cascata, afinal o salário deles representa o teto do serviço público e serve como base de cálculo para carreiras do Judiciário.

Votaram a favor do reajuste: Ricardo Lewandowsk­i, Marco Aurélio, Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Alexandre

de Moraes. Foram contra: Cármen Lúcia, Celso de Mello, Rosa Weber e Edson Fachin.

Lewandowsk­i, autor da proposta que foi encaminhad­a em 2015 para repor perdas a partir de 2009, lembrou que a carreira tem defasagem de 40% nos salários, não reajustado­s desde 2014.

A presidente do STF, Cármen Lúcia, negou que o reajuste crie novas despesas no tribunal e anunciou que vai remanejar em recursos na área de comunicaçã­o.

Presidênci­a da Corte

Dias Toffoli foi eleito ontem presidente do STF. Ele toma posse em 13 de setembro para um mandato de dois anos, até 2020. Luiz Fux será o vice-presidente da Corte.

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| FELLIPE SAMPAIO/STF Decisão foi tomada em sessão administra­tiva

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