SHAILENE WOODLEY
Aos 26 anos e com indicações ao Globo de Ouro e Emmy, atriz da franquia ‘Divergente’ vive jovem que luta contra adversidades do mar em ‘Vidas à Deriva’, que estreia hoje
‘ESTA É UMA HEROÍNA SEM CAPA’
Baseado em uma história real, “Vidas à Deriva”, que estreia hoje, põe Shailene Woodley na pele de Tami Oldham, que, ao lado do namorado ferido (Sam Claflin), precisa lutar para sobreviver ao mar, sem comida e sem água, em um veleiro quebrado.
“Vidas à Deriva” tem um tipo de ação novo para você?
Eu me apaixonei pelo projeto porque é raro fazer uma história de amor e de sobrevivência ao mesmo tempo. Além disso, aplaudo os filmes que se arriscam a ter heroínas reais, que não saíram das HQs. Tami é um super-heroína que não precisa de capa.
Fazer esse filme me levou ao limite, porque ele foi todo rodado na água. Tive que deixar de almoçar e aprender a comer coisas sem sabor, foi como limpar o corpo e a alma dos excessos e luxos.
Você conheceu a Tami real?
Sim! Ela é uma mulher forte, aberta e me deu muitos detalhes. O que mais me surpreendeu foi o fato de ela ter esperado mais de 30 anos para alguém se interessar por sua experiência. Seu livro virou uma espécie de bíblia para os envolvidos no filme. Sou muito curiosa e não gosto de ter dúvidas, por isso foi uma bênção tê-la por perto.
Você teve algum medo durante as gravações?
Não tive medo nas cenas, mas filmar no mar é muito imponente. Você está à mercê da natureza e nunca sabe como o dia vai terminar. Vomitei muito em cima do barco e isso me deu medo (risos).
Você fala contra injustiças com mulheres. Deu para ver alguma mudança nisso?
Sim. Hollywood não é perfeita e esse filme surgiu à luz do movimento #MeToo. O fato de tantas mulheres se sentirem seguras para compartilhar suas histórias é um grande passo.