Prédio do curso de Direito da UFMG em más condições
Estudantes denunciam problemas estruturais no edifício; janelas da unidade correm o risco de cair
Há três meses os alunos da Faculdade de Direito e Ciências da UFMG, localizada na avenida João Pinheiro, no Centro de Belo Horizonte, alertam para sérios problemas de infraestrutura na unidade. Entre eles, o mais grave está no edifício Vilas Boas, que abriga as turmas de pós-graduação, onde os vidros das janelas correm o risco de cair.
Os problemas de estrutura vêm sendo denunciados pelos alunos por meio do CAAP (Centro Acadêmico Afonso Pena), principal representação estudantil da faculdade. “Marcamos uma festa em junho, que seria realizada no pátio externo conhecido por Território Livre. A diretoria marcou uma reunião com a gente para explicar que não poderia pelo risco de queda dos vidros da janela do prédio da pós. Semanas depois, o pátio foi interditado e está até hoje”, relata Victória Al- buquerque, presidente da entidade. O Território Livre é o principal espaço de convivência da unidade, palco de atividades acadêmicas e culturais.
A representante dos estudantes afirma que a medida é necessária, mas paliativa. “Não resolve o problema. Os vidros vão continuar com risco de cair, tanto no interior da faculdade como nas ruas do entorno, o que, inclusive, já aconteceu”, denuncia.
Victória completa que não há previsão para resolução do problema. “Nós procuramos a diretoria para saber como anda a situação e, pelo que me disseram, é impossí- vel ter obras por enquanto”, comenta a estudante.
O que diz a UFMG
Em nota, a Faculdade de Direito e Ciências da UFMG afirma já ter encaminhado todas as demandas de reforma do edifício para a reitoria da universidade e o processo de licitação, inclusive, já chegou a ser aprovado. No entanto, o início das obras depende do parecer da Advocacia Geral da União. Segundo a representante dos estudantes, a diretoria afirmou que instalará telas para proteger a fachada do prédio e evitar, temporariamente, que os vidros caiam.
A representação estudantil confirma que dois laudos de engenheiros – um de 2009 e outro de 2016 – já alertavam sobre os problemas de estrutura da unidade.
Na mira da CMBH
No início deste mês, o assunto foi pauta da Comissão de Educação da Câmara Municipal de BH. Representações estudantis estiveram presentes na sede do Legislativo Municipal para denunciar a situação – que se torna um problema de toda a cidade a partir do momento em que há risco de queda de vidro em vias públicas. Os parlamentares da comissão prometeram apoio na pressão pela realização das obras na unidade de BH.