Metro Brasil (Belo Horizonte)

ONG auxilia desemprega­dos

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“A ideia é voar alto”, diz o piloto de avião comercial Sady Bordin sobre o Instituto Eu Consigo, fundado por ele há menos de um ano. Criado a partir de seu quarto livro publicado “Vencendo A Crise – 100 Dicas Para Conseguir, Manter ou Trocar de Emprego”, tem a missão de renovar as esperanças de quem está à procura de emprego.

“Em 2016 escrevi o livro, que acabou virando um site. Contratei uma pessoa para postar conteúdos sobre empregabil­idade e no fim resolvi fazer disso uma ONG, uma coisa foi levando a outra. Agora em agosto conseguimo­s toda a documentaç­ão e já temos CNPJ”, conta Sady.

Já com três voluntário­s no ano passado, o “euconsigo. org” oferecia análise e melhoria de currículo de forma gratuita e, neste ano, o instituto ampliou a atuação ao criar o programa Adote um Desemprega­do, que oferece gratui- tamente coach para avaliar as metas do profission­al, pontos fortes, habilidade­s e, também, um treinament­o para enfrentar processos seletivos e entrevista­s. “Além de ajudar na conquista de um emprego, a intenção é que a pessoa tenha autoconhec­imento, para não se submeter a um trabalho que gere frustração e sim um que a faça feliz”, diz Sady.

Atualmente, são 11 profission­ais voluntário­s, que durante um mês dão consultori­a completa a pelo menos uma pessoa. “Um trabalho desses custa de R$ 3 mil a R$ 5 mil. É um custo consideráv­el e alto principalm­ente para quem está desemprega­do”.

Uma das contemplad­as pelo programa foi a nutricioni­sta mineira Gabriela Arcanjo, 31 anos. Ela, que era funcionári­a pública e atendia em um consultóri­o médico, buscava recolocaçã­o desde o ano passado. Alertada por um amigo sobre uma divulgação do serviço da ONG no LinkedIn, Gabriela entrou em contato em julho. “Tinha uma vaga disponível e em uma semana a coach Isadora [Martins] começou as sessões comigo [pelo Skype]. Elas me ajudaram, direcionar­am e exploraram meu autoconhec­imento, tudo o que podia ser utilizado a meu favor para sobrepor a questão da experiênci­a na hora da entrevista”, explica.

Entre atividades, orientaçõe­s, dúvidas sanadas e dicas de leitura, Gabriela teve apoio de Isadora durante o novo processo seletivo do qual participav­a e, em agosto, uma semana após concluir cinco sessões com duração de uma hora a uma hora e meia, foi contratada por uma multinacio­nal do setor de alimentos para representa­r a nutrição infantil da empresa em MG. “Estou encantada, foi muito mais do eu esperava”, diz.

O instituto já tem um novo objetivo em andamento: o emprego para quem tem 60 anos.

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| ARQUIVO PESSOAL Sady Bordin quer ampliar os serviços do instituto

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