Metro Brasil (Belo Horizonte)

EMÍLIO COSTA

Professor e autor do livro ‘Como Ingressar numa Universida­de Americana’

- ACERVO PESSOAL

Para conseguir ingressar em uma boa universida­de, é preciso ter uma mistura de boas notas durante os quatro últimos anos na escola, ir bem nas provas de conhecimen­to e ainda conseguir reunir cartas de recomendaç­ão.

Qual a principal estratégia para os alunos que querem estudar nos EUA?

Os alunos precisam aplicar para dois tipos de universida­des: as ‘alvo’, que apesar de serem as preferidas provavelme­nte serão mais difíceis de ingressar, e as ‘seguras’, que garantem uma chance maior de aprovação. No momento de escolha, é interessan­te selecionar um número que varia entre 12 e 18 universida­des que contemplem ambos os grupos. Além disso, uma boa assessoria de intercâmbi­o sabe analisar a condição do aluno e as habilidade­s extracurri­culares para indicar as melhores opções.

O que é mais importante no currículo do aluno?

As universida­des mais competitiv­as recebem inscrições de diversos alunos, inclusive dos que têm boas notas e vão bem nos testes. A partir daí, elas avaliam como o aluno é fora da sala de aula, por isso são importante­s as atividades extracurri­culares: ‘a cereja do bolo’. Em reuniões de pais, eu vi eles tratarem isso com desprezo, como se fosse um apêndice, o que é um erro, pois acaba se tornando um diferencia­l muito grande, como, atividades de liderança e trabalho voluntário.

Quanto tempo antes é preciso começar a guardar dinheiro?

O custo, segundo especialis­tas, gira em torno de 30 mil dólares por ano, o que inclui ensino, alimentaçã­o e moradia. Agora, com bolsas de estudo é possível pagar menos, cerca de 18 mil dólares por ano. O tempo para começar a se preparar financeira­mente vai depender da capacidade de cada família de reservar essa quantia. As bolsas integrais são muito raras. Casos assim são de alunos excep- cionais. Se vai para uma escola competitiv­a americana, já é preciso preparar uma poupança.

Existem diferenças entre as universida­des americanas particular­es e as públicas?

No Brasil, uma universida­de pública é uma universida­de gratuita. Isso não existe nos Estados Unidos. Lá, as universida­des públicas recebem subsídios dos governos estaduais e por isso são, em geral, mais baratas, mas sem perder a qualidade. No livro, eu pro- curo mostrar para os pais que existem escolas excepciona­is, que os brasileiro­s nunca ouviram falar, com uma educação excelente.

Neste processo, qual a principal dificuldad­e encontrada?

Principalm­ente a manutenção das expectativ­as, tanto por parte dos pais quanto por parte dos alunos. É preciso ter em mente que isso é um processo de vestibular, mas mais demorado.

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“COMO INGRESSAR NUMA UNIVERSIDA­DE AMERICANA” EMILIO COSTA FARO EDITORIAL, R$ 40

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