Restou a indignação ao time e diretoria do Grêmio
Ao embarcar para Luque, no Paraguai, na sexta-feira, o Grêmio tinha consigo o desejo de conseguir uma punição severa ao técnico Marcelo Gallardo e ao River Plate. Após a Unidade de Disciplina do Tribunal da Conmebol divulgar a permanência dos argentinos na final da Libertadores, restou a revolta dos dirigentes do clube.
No começo da noite de sábado, a entidade divulgou o resultado do julgamento do técnico e do clube argentinos. Foi decidido não deixar o treinador ingressar no estádio na próxima partida e mais três jogos fora do banco de reservas, além de uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 185 mil). O Grêmio queria a exclusão do River Plate da Libertadores por Gallardo, suspenso, ter entrado no vestiário no intervalo da partida de volta da semifinal e transmitido informações aos seus auxiliares via rádio durante o jogo na Arena, na terça-feira.
Mesmo sem esperanças de conseguir reverter a decisão, o Grêmio recorrerá. O presidente Romildo Bolzan Júnior retirará a sua assinatura do documento em que os quatro semifinalistas da Libertadores se comprometiam com o fair play na reta final da competição.
Diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, em entrevista ao programa “Domingo Esportivo”, da Rádio Bandeirantes, lembrou que, no caso de injúria racial sofrida pelo goleiro Aranha, na Copa do Brasil de 2014, quando uma torcedora gritou “macaco”, a punição foi mais pesada.
“Nós fomos expulsos de uma competição quando alguém que não era do nosso clube agiu de maneira errada”, sobre o caso de racismo de uma torcedora contra o goleiro Aranha”, disparou.
O julgamento
Todo o processo transcorreu de forma estranha. O julgamento estava inicialmente marcado para sábado. Na quinta à noite, a sessão foi antecipada para a sexta de manhã. O departamento jurídico do Grêmio precisou ir às pressas até o Paraguai. Após os dois lados apresentarem suas teses, o Tribunal demorou mais de um dia para divulgar o veredito do julgamento. A decisão foi anunciada somente após Grêmio e River Plate terem encerrado as duas partidas no sábado.
Os clássicos entre Boca e River que decidirão o campeão da América foram agendados para 10 e 24 de novembro.