CLÁUDIO HUMBERTO
LOBBY NO SENADO AMPLIA FATURAMENTO DE CARTÓRIOS. O milionário lobby dos cartórios garantiu outra fonte de receita com seus amigos no Senado, que aprovaram projeto criando uma espécie de “protesto unilateral”, em que o otário do cidadão nem precisa ser notificado, tampouco reconhecer a dívida. A vigarice define que qualquer papel “ainda sem eficácia de título executivo e sem assinatura do devedor” pode ser protestado em cartório. O achaque só termina quando se quita a dívida. E pagas as taxas do cartório, é claro.
APROVAÇÃO OPORTUNISTA. O projeto foi aprovado enquanto o país tinha as atenções voltadas para as comemorações da vitória de Bolsonaro.
TUDO DOMINADO. O texto nasceu, que ironia, na comissão de desburocratização, criada para reduzir a necessidade de cartórios, mas acabou “aparelhada”.
ATÉ PELO WHATSAPP. Para alguém protestar dívida no cartório, basta levar nota fiscal, boleto ou mensagens eletrônicas (e-mails e mensagens de WhatsApp).
AMAPÁ: GOVERNADOR ELEITO PODE NÃO TOMAR POSSE. Desde setembro está pronta para ser julgada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a Ação Penal 814/DF, onde o governador eleito do Amapá, Waldez Góes (PDT), é acusado do crime de peculato em razão do “cano” de mais de R$ 313 milhões que seu governo aplicou em bancos, em 2009 e 2010, em empréstimos consignados para servidores. O gover- no descontou o valor do salário do servidor todo mês, mas não repassou o dinheiro aos bancos públicos e privados.
CADEIA PARA ELE. “O estado é apenas intermediário do dinheiro”, disse Noronha, ao votar por 6 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto para Góes. FRANGOLÂNDIA TENSA. Se mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de criar problemas com os países árabes. Mas exportadores brasileiros de frango é que andam em pânico com isso.