Nova versão de Lara Croft chega à batalha final em jogo apocalíptico
Hit do mundo dos games desde 1996, a franquia “Tomb Raider” tem sobrevivido a novas gerações de consoles com as mais diversas encarnações possíveis de Lara Croft.
O reboot iniciado em 2013 acertou ao embarcar na primavera feminista que despertava então, apostando em uma heroína ainda em formação, menos sexualizada e mais complexa. “Rise of the Tomb Raider” (2015) se aprofundou nessa trilha e, agora, “Shadow of the Tomb Raider” fecha o arco com a aventureira mais adulta e segura de si.
A “sombra” a que alude o título do game paira sobre a personagem. Em busca de um artefato maia relacionado a seu falecido pai, ela acaba engatilhando um apocalipse. Para reverter a situação, a jovem se embrenha pelo Peru enquanto precisa driblar a Trindade, organização paramilitar interessada no potencial destrutivo da relíquia.
“Shadow of the Tomb Raider” é essencialmente um game de exploração e de puzzles, com intricados cenários de tumbas e criptas recheadas de segredos.
Claro que há confrontos – ea personagem lida bem com todo tipo de arma, desde pistolas a seu indefectível arco e flecha –, mas a graça do jogo está mesmo em cumprir os desafios, encontrar pistas e coletar itens com os quais é possível conquistar habilidades e preparar mais itens, como poções de cura ou mesmo flechas alucinógenas.
A mecânica segue a mesma dos outros dois jogos do reboot, e o detalhismo nos cenários de floresta continua sendo um ponto alto. Tudo isso demonstra que as desenvolvedoras Eldor Montreal e Crystal Dyamics não quiseram arriscar mexer naquilo que já deu muito certo.
Fora um ou outro elemento novo, como a capacidade de camuflagem de Lara, não há surpresas para quem já conhece a franquia, mas, ainda assim, o game promete boas horas de diversão, tudo com uma caprichada dublagem em português.