Metro Brasil (Belo Horizonte)

Ex-Fazenda de Dilma, Levy presidirá BNDES

Economista assumirá instituiçã­o que Bolsonaro acusa de ter ‘caixa- preta’

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Ministro da Fazenda da ex-presidente Dilma Rousseff durante todo o ano de 2015, o economista Joaquim Levy foi confirmado ontem como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social) do governo de Jair Bolsonaro. A ida de Levy para o BNDES já era especulada desde o final da semana passada, e foi confirmada ontem por Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

“Com extensa experiênci­a em gestão pública, PhD em economia pela Universida­de de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econômica”, informou a assessoria de Guedes.

Levy substituir­á Dyogo Oliveira, que foi ministro do Planejamen­to do governo Temer por dois anos e está à frente do banco de fomento desde o último mês de abril.

‘Caixa-preta’

A gestão do BNDES desde o governo Lula é alvo de críticas de Bolsonaro. Na última quinta-feira ele já havia escrito, no Twitter, que firmava o compromiss­o de abrir “a ca-xa-preta do BNDES”. Ontem ele reafirmou, em conversa com jornalista­s ao sair de casa no Rio de Janeiro, que abrirá a caixa-preta na primeira semana de governo. “Não haverá mais sigilo. Nenhum. (...) até para mim, eu desconheço muita coisa do BNDES. São números que nós temos de tornar públicos”, declarou.

Biografia

Carioca de 57 anos, Levy é diretor financeiro do Banco Mundial, que financia países em desenvolvi­mento. Ele assumiu o cargo em fevereiro de 2016, poucas semanas após deixar o governo Dilma.

Quando foi convidado para assumir a Fazenda na ges- tão petista, Levy era diretor da gestão de ativos do banco Bradesco. De 2007 a 2010 o economista foi secretário da Fazenda do governo do Rio de Janeiro, na gestão de Sérgio Cabral (MDB), hoje preso. Antes, no primeiro governo Lula (2003-06), havia sido secretário do Tesouro. Levy também atuou no Planejamen­to no segundo governo FHC (19992002). Bolsonaro declarou ontem que “não há nada que desabone” Levy. “Não tem nada contra sua conduta profission­al , assim sendo eu endosso o Paulo Guedes. Este é um ponto pacificado”, disse.

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| JANE DE ARAÚJO / AGÊNCIA SENADO Levy deixou governo Dilma no final de 2015

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