DESTILADOS. F P F F PO F F O O F O F O PO CFC C F
Milton Lima, profissional de marketing e dono de cachaçaria, nasceu sentindo o perfume de caldo de cana fermentando, em Pirassununga, São Paulo. Maior produtor de cachaça do mundo. É fundador e membro da Cúpula da Cachaça, um fórum de discussões sobre o destilado brasileiro, e por conta da sua militância cachacística fez fama no país com um dos grandes especialistas no assunto. Sua grande surpresa, foi quando recebeu um convite para participar do Primeiro Festival da Cachaça numa tal de Londres, que só dá para ir se for de avião!
Pois ele foi, é lógico, não é mesmo? Levou uma mala cheia de garrafas de várias procedências para inglês ver, beber e se apaixonar, como também escreveu a Car- ta de Cachaças do evento, com informações detalhadas de cinquenta das nossas melhores representantes
No dia do primeiro evento, além do frio e da chuvarada, uma concorrência inesperada: tinha jogo do Manchester City contra o Manchester United, clássico local. Mesmo assim, apareceram mais de cem pessoas no hotel onde foi armada a reunião, gente de todas as idades. Todas interessadas em saber o que é que, afinal, vem a ser essa tal de cachaça.
A próxima parada foi Edimburgo, na Escócia, para conhecer um pouco do universo do uísque e do gim e ver o que dá para aproveitar, da vasta e riquíssima experiência deles, para nossa cachaça. O plano foi visitar lojas de bebidas, empórios, distribuidores e destilarias, para conversar e distribuir exemplares da carta-livro das cachaças da exposição de Londres.
O roteiro foi um sucesso, com a carta-livro servindo de abrideira para conversa com os escoceses. O que mais despertou o interesse foi o uso de tantas madeiras diferentes e a diversidade de sabores que isso proporciona à cachaça. E em todos os lugares visitados, uma enxurrada de perguntas, como “É parecido com um bourbon? Qual é o teor alcoólico?”, e daí por diante. Pela curiosidade das pessoas em relação ao assunto, existe um espaço imenso a ser explorado, por produtores e o governo brasileiro.
Na próxima edição Especial Somos Agro, 20 de novembro, eu conto um pouco mais dessa história. SIDNEI MASCHIO