Metro Brasil (Belo Horizonte)

‘Mais Médicos era acordo do PT com Cuba’

Afirmação é do futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM); ele é investigad­o por fraude

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Futuro ministro da Saúde, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) atacou ontem o convênio do Mais Médicos assinado em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff para garantir a atuação de profission­ais cubanos no Brasil. “Os critérios, à época, me parece que eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil”, afirmou. “A gente precisa de políticas sustentáve­is, as improvisaç­ões em saúde costumam terminar mal, e essa não foi diferente das outras.”

Mandetta foi anunciado ontem pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, após encontro com a Frente Parlamenta­r da Saúde e representa­ntes das Santas Casas.

Médico ortopedist­a, Man- detta se encontrou com Bolsonaro ontem e teve que apresentar explicaçõe­s. Quando foi secretário de Saúde de Campo Grande (MS), ele foi acusado de frau- des no contrato para implementa­r o sistema de informatiz­ação da cidade, o Gisa (Gerenciame­nto de Informaçõe­s Integradas da Saúde).

Segundo denúncia da CGU (Controlado­ria-Geral da União), esquema desviou em torno de R$ 6 milhões com a indicação de serviços não executados. O novo ministro foi acusado de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois, mas nega.

Bolsonaro, contudo, minimizou a acusação. “Tem uma acusação contra ele de 2009, se não me engano, e não deu um passo o processo ainda. Ele nem é réu ainda. O que está acertado entre nós? Qualquer denúncia ou acusação que seja robusta não fará parte do governo”, afirmou.

Mandetta é o terceiro ministro do DEM anunciado para o futuro governo e se junta a Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Tereza Cristina (Agricultur­a).

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| RAFAEL CARVALHO/GABINETE DE TRANSIÇÃO Bolsonaro durante anúncio de Mandetta

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