Metro Brasil (Belo Horizonte)

DEMIAN MAIA

Se alimentar bem melhora desempenho esportivo. Mas vá com calma, adequando seu cardápio aos poucos, até atingir o seu equilíbrio

- DANI LINS

BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2018 e você pratica esportes, sabe que uma alimentaçã­o adequada favorece o desempenho. Para aqueles que se movimentam por saúde e qualidade de vida ou para atletas de alto rendimento, controlar o que se come é fundamenta­l. E o segredo para conseguir resultados satisfatór­ios é, além da disciplina, manter o equilíbrio: sem neura, mas sem exageros. De grão em grão!

“O primeiro passo é fazer análise da alimentaçã­o. Profission­ais pedem ao paciente para fazer um recordatór­io, anotar o que comeu nas últimas 24h. Isso porque as vezes achamos que temos uma boa alimentaçã­o, mas, no fim, nem tanto. E isso ajuda a adequar o cardápio”, explica Renato Lobo, médico formado pela USP com especializ­ação em Nutrologia e atuação com foco em emagrecime­nto e performanc­e esportiva.

Pode não ser tão mamão com açúcar assim – aliás, prefira o mamão sem o açúcar –, mas se “você é o que você come”, isso também envolve seu lado atleta. Por isso, listamos ao lado dicas de alimentaçã­o que são muito bem-vindas na vida de um esportista. Isso varia de acordo com o organismo, a condição física e o esporte praticado, mas, via de regra, Lobo recomenda: “Mais feira e menos embalagens”. É batata! Alguns grupos de alimentos são extremamen­te aconselháv­eis para quem pratica exercícios físicos. As proteínas são matéria- prima para construir massa muscular, de origem animal têm creatina que aumenta a força (existe como suplemento para vegetarian­os e veganos). também são importante­s por fornecerem energia para o corpo, assim como as frutas oleaginosa­s (castanhas, nozes, etc). Verduras e legumes são fontes de vitaminas e sais minerais: parabéns ao espinafre, o campeão quando o assunto é nitrato. Ao ser absorvido, aumenta a vasodilata­ção. Leite e iogurtes, claro que sem açúcar, reestabele­cem o estoque de glicogênio – principal reserva energética nas células.

Carboidrat­os

Os carboidrat­os são divididos em simples e complexos. Os simples, que contêm açúcar e farinha (pão, arroz branco, macarrão), são fontes de energia imediata. A menos que seja indicação para o seu treino, prefira substituir por complexos (grãos integrais, frutas, legumes), que são absorvidos lentamente, o que oferece, inclusive, mais saciedade. Desde os 12 anos que Demian Maia treina com dedicação. E a alimentaçã­o sempre teve uma atenção especial no seu dia a dia. “Meu conceito é me alimentar bem, independen­te de treinar ou não”, explica o atleta. Estudioso do tema, tem sempre o apoio de um nutrólogo, que busca as melhores saídas para seu rendimento. “Criei hábitos alimentare­s aos poucos e hoje tenho uma dieta saudável sem fazer esforço”, diz. Aos 41 anos, Demian precisa de uma alimentaçã­o baixa em carboidrat­o e alta em gordura e proteína animal, evitando pães, arroz e batata. “Me concentro mais em carnes, ovos e legumes”, diz, enfatizand­o ainda frutas, castanhas e queijos. Folhas verdes escuras, como couve ou espinafre, não são suas preferidas, mas estão constantem­ente no prato.

 ??  ?? Demian Maia no restaurant­e Açougue Central, do chef Alex Atala Aos 33 anos, a jogadora de vôlei tem uma rotina intensa de treinos e jogos. Por isso, tem uma alimentaçã­o reeducada, sem precisar de dietas. “Procuro fazer cinco refeições, com um café da manhã muito forte, por ser a primeira do dia e também por ser antes do treino da manhã”, conta. Cuscuz, tapioca e um suco com laranja, gengibre, hortelã e couve estão constantem­ente no cardápio. Nos treinos, muita água e uma fruta, já almoço e jantar quase sempre tem a dupla infalível de arroz com feijão, acompanhad­a de carne e uma salada. “Meu cardápio tem um pouco de tudo, mas no meu caso a proteína é importante mesmo”.
Demian Maia no restaurant­e Açougue Central, do chef Alex Atala Aos 33 anos, a jogadora de vôlei tem uma rotina intensa de treinos e jogos. Por isso, tem uma alimentaçã­o reeducada, sem precisar de dietas. “Procuro fazer cinco refeições, com um café da manhã muito forte, por ser a primeira do dia e também por ser antes do treino da manhã”, conta. Cuscuz, tapioca e um suco com laranja, gengibre, hortelã e couve estão constantem­ente no cardápio. Nos treinos, muita água e uma fruta, já almoço e jantar quase sempre tem a dupla infalível de arroz com feijão, acompanhad­a de carne e uma salada. “Meu cardápio tem um pouco de tudo, mas no meu caso a proteína é importante mesmo”.
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